quarta-feira, 2 de maio de 2012

Espaço Físio

Conforme havia combinado, nesta postagem vou falar um pouco sobre um método de treinamento que desenvolvi e que, com certeza, se apresentará como mais uma ferramenta para o aperfeiçoamento funcional de vocês.
O método foi desenvolvido a partir de um pré-existente, denominado Musculação Terapêutica. Com a autorização do criador do método, o fisioterapeuta Ricardo Wallace, adaptei os padrões funcionais por ele utilizado e acrescentei outros visando a melhora no controle motor de tronco dos pacientes com lesão medular. Por que essa preocupação com o controle de tronco? A habilidade de realizar atividades funcionais em uma cadeira de rodas é determinante para um estilo de vida produtivo. Usuários de cadeira de rodas, com diminuição ou ausência de controle de tronco, exibem um comprometimento do equilíbrio e da estabilidade na postura sentada.
Consegui resultados muito positivos, principalmente no que diz respeito a tempo de resposta. Comecei a utilizar em alguns atletas do basquete em rodas e do vôlei paraolímpico da ADFEGO e os mesmos relataram melhora no quesito força e velocidade de resposta a situações de instabilidade. Conclui que o método se mostrava eficiente não apenas no processo de reabilitação, mas também no aprimoramento funcional, ou seja, melhorar o que já é bom.
Denominei o método de Sistematização Funcional de Treino de Tronco. O nome pode parecer complicado, mas descreve o que é verdadeiramente o trabalho. Antes de continuar dissertando sobre o método, vou colocar algumas coisas que são de fundamental importância para vocês, atletas.
Falando mais especificamente do basquete, onde posso falar com mais propriedade, durante uma partida é exigido do atleta velocidade, agilidade, força, precisão e resistência, sempre saindo de uma situação de estabilidade postural para instabilidade postural. E isso serve para todos, independente se é ponto 1, 1.5, 2, 2.5, 3, 3.5, 4 ou 4.5. Analisando vídeos de jogos, fica fácil observar que os atletas de ponta se diferenciam dos demais, do ponto de vista funcional, na capacidade de retornar com maior velocidade a uma situação de equilíbrio. Quanto maior for a velocidade de retorno para uma situação de estabilidade postural, mais rápida será o reposicionamento do atleta dentro da quadra de jogo para realizar uma determinada tarefa, como arremessar, marcar, atacar e outras. Então fica a dica: Priorizem o tronco de vocês, independente da classificação funcional que receberam.
Os padrões funcionais que utilizo, treinam de forma reflexa, os tensores musculares responsáveis pela manutenção do centro de gravidade dentro dos limites de estabilidade do indivíduo, ou seja, treina os músculos responsáveis pela manutenção do equilíbrio do tronco, permitindo assim uma movimentação mais efetiva dos membros superiores.

Caso queiram saber mais, entrem em contato comigo. Uma última dica: Simulem situações de instabilidade postural e de forma reflexa os tensores musculares serão trabalhados.

Na próxima semana trarei mais novidades.
E não se esqueçam! Dúvidas? Pergunte. Sugestões? Faça-as.
Um grande abraço!
Até a próxima postagem!
Ft. Lúcio Flávio de Oliveira.

2 comentários:

  1. Parabéns ao blog por mais essa iniciativa em ajudar as equipes em seus treinamentos.
    Parabéns ao Fisioterapeuta Lucio por participar do crescimento e desenvolvimento da modalidade.
    Um abraço.

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  2. É uma honra escrever para esse blog. E torço para que minhas postagens possam ajudar muitos atletas, pois esse é um dos meus objetivos.

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